Meta pode mudar estratégia e deixar de liberar suas IAs, como fez a OpenAI com o ChatGPT - Sem Enrolação

Meta pode mudar estratégia e deixar de liberar suas IAs, como fez a OpenAI com o ChatGPT

Meta pode mudar estratégia e deixar de liberar suas IAs, como fez a OpenAI com o ChatGPT

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A Meta, responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, está reavaliando sua estratégia em inteligência artificial e pode abandonar o modelo open source (código aberto) em projetos futuros.

A mudança vem sendo discutida internamente na Meta Superintelligence Labs, nova divisão da empresa liderada por Alexandr Wang, fundador da Scale AI.

O debate ocorre após o modelo Behemoth, considerado o sistema de IA open source mais poderoso já treinado pela Meta, apresentar desempenho abaixo do esperado.

Segundo o The New York Times, os testes foram suspensos e executivos da empresa cogitam adotar modelos fechados, com maior controle comercial e sem divulgação pública do código-fonte.

Recuo na estratégia pode marcar ruptura com discurso histórico

Durante anos, a Meta defendeu o desenvolvimento aberto como caminho para a inovação e transparência, criticando concorrentes como a OpenAI e sua parceria com a Microsoft. Mark Zuckerberg posicionou os modelos Llama como alternativa aberta, enquanto executivos como Yann LeCun defendiam que “a plataforma que vencerá será a aberta”.

Agora, com investimentos crescentes na área, incluindo centros de dados, contratações e bônus milionários —, cresce também a pressão por retornos financeiros mais imediatos.

De acordo com fontes ligadas ao projeto, a empresa está mais inclinada a avançar com modelos fechados que possam garantir desempenho superior e estratégias de monetização mais diretas.

Nova divisão de IA mira a superinteligência

A Meta Superintelligence Labs concentra os esforços mais ambiciosos da empresa na corrida pela superinteligência, conceito que define sistemas com capacidades superiores às humanas.

A equipe reúne cerca de 12 especialistas, vários deles egressos da Scale AI, na qual a Meta investiu US$ 14,3 bilhões por 49% de participação.

A divisão opera de forma isolada na sede da empresa, em Menlo Park, com acesso direto a Zuckerberg. Em sessão com cerca de 2.000 funcionários da área de IA, Alexandr Wang declarou que sua equipe terá um papel privado e exclusivo no desenvolvimento desses novos modelos, sem confirmar se manterão o compromisso com o código aberto.

Impactos globais no ecossistema de IA

Caso a Meta abandone a linha de abertura, a decisão pode gerar efeitos significativos no cenário global da IA. A empresa tem sido uma das maiores apoiadoras da comunidade open source, liberando modelos que impulsionaram startups e pesquisas acadêmicas.

Um eventual recuo pode reduzir o ritmo da inovação colaborativa e concentrar ainda mais o domínio tecnológico nas mãos das big techs que optam por sistemas fechados.

Além disso, pode abrir espaço para concorrentes internacionais, como as empresas chinesas DeepSeek e Moonshot AI, que apostam no modelo aberto para crescer em escala global.

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