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O custo médio de uma violação de dados no Brasil atingiu R$ 7,19 milhões, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Os dados fazem parte do relatório anual Cost of a Data Breach, da IBM, que destaca as crescentes pressões sobre as equipes de segurança cibernética em um cenário de ameaças cada vez mais sofisticadas.
O estudo apontou que setores como Saúde, Finanças e Serviços foram os mais impactados no país, registrando custos médios de R$ 11,43 milhões, R$ 8,92 milhões e R$ 8,51 milhões, respectivamente. Por outro lado, o relatório demonstrou que a adoção de inteligência artificial (IA) e automação segura se mostra uma estratégia eficaz na mitigação de custos. Empresas que adotaram extensivamente essas tecnologias relataram custos médios de R$ 6,48 milhões, enquanto aquelas sem a implementação viram o custo subir para R$ 8,78 milhões.
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A falta de governança e as principais causas
Apesar dos benefícios, o relatório da IBM identificou uma lacuna preocupante: 87% das organizações estudadas no Brasil não possuem políticas de governança de IA em vigor e 61% não têm controles de acesso.
Fernando Carbone, Sócio de Serviços de Segurança da IBM Consulting na América Latina, alertou que a ausência de controles expõe dados sensíveis e aumenta a vulnerabilidade das organizações, permitindo que agentes mal-intencionados explorem o vácuo de segurança.
Entre as causas iniciais mais frequentes de violações no Brasil, o phishing se destacou como o principal vetor, representando 18% dos casos e gerando um custo médio de R$ 7,18 milhões.
Outros fatores de risco incluem o uso não autorizado de ferramentas de IA, que contribuiu com um aumento médio de R$ 591.400 nos custos, e o comprometimento da cadeia de suprimentos (15% das violações).
Tendências globais e o papel da IA
O relatório também apontou tendências globais. O custo médio de uma violação de dados caiu para US$ 4,44 milhões mundialmente, a primeira queda em cinco anos, mas atingiu um recorde de US$ 10,22 milhões nos Estados Unidos. O tempo médio para identificar e conter uma violação caiu para 241 dias.
A pesquisa revelou ainda que 16% das violações estudadas globalmente envolveram hackers utilizando ferramentas de IA, o que destaca a crescente sofisticação dos ataques. Em resposta, 63% das organizações têm resistido a pagar resgates em casos de ransomware, uma tendência crescente que mostra a fadiga com extorsões.
Informações: ABES
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