Ainda que esteja mais atrasada que a concorrência no campo da IA, a Apple parece estar bem atualizada no que toca aos problemas. Esta tecnologia tem sido palco de alguns casos em tribunal, que envolvem quantias elevadas. A mais recente a estar no banco dos réus é a Apple, que terá treinado a Apple Intelligence com livros sem permissãodos autores
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Apple em tribunal por treinar IA
A Apple enfrenta uma nova ação judicial, movida por um grupo de autores de renome, incluindo John Grisham, George R.R. Martin e Jonathan Franzen. Estes acusam a gigante tecnológica de utilizar indevidamente as suas obras e livros para treinar os seus modelos de IA.
O processo, apresentado no tribunal federal de Manhattan, alega uma violação de direitos de autor em larga escala para desenvolver funcionalidades como a “Apple Intelligence”, recentemente anunciada. A queixa, que conta com o apoio da Authors Guild, a maior organização de escritores dos Estados-Unidos, sustenta que a Apple copiou milhões de livros sem permissão ou compensação
Isso constitui o que os autores descrevem como um “roubo descarado, sistemático e em grande escala”. Segundo os queixosos, estas ações foram fundamentais para construir um empreendimento comercial de IA que agora compete diretamente com as obras originais. No centro da disputa está o treino de grandes modelos de linguagem (LLMs), a tecnologia que alimenta sistemas de IA generativa.
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Usou livros sem permissão dos autores
Os autores argumentam que, ao alimentar os seus sistemas com estas obras protegidas, a Apple não só infringiu os seus direitos. Também criou uma tecnologia capaz de gerar “obras derivadas que imitam e suplantam” os seus estilos de escrita. A acusação declara que a empresa de Cupertino terá usado o trabalho de inúmeros autores para desenvolver um produto que, em última análise, “ameaça dizimar a profissão”.
Este processo contra a Apple não é um caso isolado e insere-se numa onda crescente de litígios que opõem os criadores de conteúdos às grandes empresas de tecnologia. Outras gigantes como a Microsoft, a OpenAI e a Meta já enfrentam acusações semelhantes. Isso levanta um debate crucial sobre os limites da utilização de dados para o treino de IA e o futuro da propriedade intelectual na era digital.
Os autores procuram obter uma ordem judicial que impeça a Apple de continuar a usar as suas obras sem autorização, bem como uma compensação financeira pelos danos causados. A Apple, até ao momento, não emitiu nenhum comentário oficial sobre o processo.
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