Projetos da UEA unem IA e sensores ambientais para proteger rios e florestas da Amazônia - Sem Enrolação

Projetos da UEA unem IA e sensores ambientais para proteger rios e florestas da Amazônia

Projetos da UEA unem IA e sensores ambientais para proteger rios e florestas da Amazônia

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Pesquisadores e estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) desenvolvem sistemas inteligentes capazes de monitorar a floresta e os rios amazônicos em tempo real.

Os projetos Curupira e Yara utilizam sensores ambientais e inteligência artificial para detectar desmatamento, incêndios e poluição hídrica, com transmissão de dados via satélite para Manaus.

Os dispositivos foram criados no Laboratório de Sistemas Embarcados (LSE) da UEA, e representam uma inovação na área de monitoramento ambiental automatizado.

O estudante Renan Almeida, de Engenharia Eletrônica, explica que o programa reúne três projetos principais: um aplicativo móvel de catalogação de árvores e os sistemas físicos Curupira e Yara, desenvolvidos para operar de forma autônoma em ambientes extremos da floresta e dos rios amazônicos.

“O Curupira faz a leitura dos sons da floresta. Se detectar barulho de motosserra, trator ou fumaça, ele envia um alerta à central em Manaus via satélite. Já o Yara monitora a qualidade da água, medindo parâmetros como pH, oxigênio, turbidez e temperatura”, detalha Renan.

O Curupira é equipado com dois microfones e sensores de temperatura e fumaça, operando com consumo mínimo de energia elétrica.

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Essa eficiência energética permite que o equipamento permaneça instalado por até dois anos sem intervenção humana, ampliando sua autonomia com o auxílio de painéis solares.

“Ele foi impresso em 3D com material ABS anti-chamas, o que evita propagação de fogo em caso de curto-circuito e protege o Curupira de queimadas. Isso protege o dispositivo e a floresta”, explica o estudante.

Projeto Yara

Já o Yara foi projetado para resistir às condições extremas dos rios amazônicos. Seu corpo é produzido em material ASA, resistente ao sol e à umidade.

Ele coleta e transmite informações sobre a qualidade da água e, em versões futuras, deve incluir sensores para detecção de metais pesados, permitindo identificar áreas afetadas por garimpos ilegais.

“Estamos estudando a implementação de leitura de metais pesados para detectar contaminação nos rios. É um passo importante para a preservação ambiental e o controle de atividades ilegais na Amazônia”, afirma Renan.

Os dois dispositivos foram inteiramente projetados e montados no LSE da UEA, que conta com infraestrutura de fabricação e equipe composta majoritariamente por alunos da graduação, mestrado e doutorado.

A coordenação é feita pelos professores Raimundo Cláudio, André Print e Fábio Cardoso, que supervisionam o desenvolvimento das placas eletrônicas, estruturas mecânicas e sistemas embarcados.

“A grande maioria dos desenvolvedores são alunos. O Curupira usa inteligência artificial para distinguir sons da floresta e identificar ataques, evitando falsos alertas. O Yara ainda não usa IA, mas envia dados diretamente ao nosso aplicativo central”, completa o estudante.

Os projetos integram a política de inovação tecnológica da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que busca desenvolver soluções práticas para desafios ambientais da região.

Os projetos combinam engenharia, computação e sustentabilidade, com o objetivo de criar uma rede inteligente de proteção ambiental.

O monitoramento remoto de rios e florestas é visto como uma ferramenta estratégica para reduzir o desmatamento, prevenir queimadas e monitorar a poluição hídrica.

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