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O parque eólico da Honda Energy, em Xangri-Lá (RS), completou 11 anos nesta quarta-feira (26/11). Desde 2014, a unidade garante que todos os automóveis produzidos pela Honda no Brasil saiam das fábricas tendo sido fabricados com energia 100% renovável.
A iniciativa pioneira, tem sido um case de sucesso em sustentabilidade em um momento em que a transição energética é um tema amplamente discutido e de inegável importância para a o futuro da humanidade.
Em visita realizada a convite da Honda Automóveis do Brasil, o RealTime1 acompanhou a operação dos 10 aerogeradores responsáveis por abastecer as plantas de Sumaré e Itirapina, que estão localizadas em São Paulo e onde são produzidos os automóveis Honda no Brasil.
Executivos da Honda Automóveis do Brasil e da Honda Energy, responsáveis pela administração do parque eólico, apresentaram a estrutura e o histórico do projeto.
“É um prazer receber vocês na nossa casa. Esse parque abastece nossas fábricas e mostra como trabalhamos energia de forma planejada”, disse Edmilson Sant’Anna, vice-presidente da Honda Energy.
Sant’Anna participou do projeto desde a fase embrionária. “Quando começamos, não havia local definido. Sabíamos apenas que a opção seria eólica. Montamos a equipe internamente e construímos tudo do zero”, explicou, não escondendo o orgulho da opção da empresa em optar pela formação de quadros internos para levar o projeto à frente;

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Potência do parque eólico ampliada
O parque foi inaugurado em 2014 com nove aerogeradores do modelo Vestas V112. Em 2020, recebeu o décimo equipamento — o V136 — que ampliou a potência instalada de 27,7 MW para 31,1 MW, permitindo atender também a fábrica de Itirapina. Desde então, todas as unidades de automóveis da Honda no Brasil são supridas pelo parque.
Ao longo de 11 anos, a Honda Energy gerou mais de 1,83 TWh e evitou a emissão de 52 mil toneladas de CO₂ na comparação com o consumo da rede brasileira.
“A energia é produzida aqui, entra no sistema nacional e encontramos o balanço pelo mecanismo de compensação. Temos autonomia para garantir que a produção continue limpa durante todo o ano”, explicou Edmilson.
A visita apresentou detalhes técnicos da operação. O parque está instalado em área de ventos predominantes do Nordeste, favorecidos pela baixa rugosidade do terreno e pela passagem dos ventos sobre grande lâmina d’água. Essa condição mantém o fluxo de vento estável e aumenta a eficiência dos aerogeradores.
Uma curiosidade é que no terreno onde estão instalados os earogeradores também há uma plantação de arroz, pratica sustentável comum em projetos do tipo, garantindo que haja outras finalidades para as amplas faixas de terra onde os aerogeradores são implantados.
Os equipamentos atingem 112 metros de altura, com pás de até 66 metros. A montagem de cada torre exigiu fundações profundas, com 18 estacas e até 40 toneladas de aço. Toda a construção foi conduzida por técnicos da própria Honda, treinados internamente.
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“A Honda Energy representa a essência do nosso compromisso com um futuro sustentável. Ao longo desses 11 anos, mostramos que é possível unir tecnologia e sustentabilidade para reduzir emissões e avançar rumo à neutralidade de carbono. Temos orgulho em ser a única empresa automotiva no Brasil autossuficiente em energia elétrica limpa.”, afirma Mauricio Imoto, Presidente da Honda Energy.
Produção excedente
A energia excedente — cerca de 10 mil MWh ao ano — é comercializada no mercado livre. Mas a prioridade é o abastecimento das fábricas. Ou seja, a comércialização da produção excedente passa a ser uma consequência e não um fim da geração energética do parque.
“Nosso objetivo é suprir totalmente as plantas de Sumaré e Itirapina. O excedente é secundário”, disse Mauricio Imoto, presidente da Honda Energy.
A operação também mantém monitoramento ambiental permanente exigido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul, com destaque para acompanhamento de avifauna, referência para outros empreendimentos da região.
Desde 2015, mais de 1,1 milhão de veículos Honda foram fabricados no Brasil com energia renovável oriunda do parque. Em potência equivalente, a produção anual corresponde ao consumo de 34 mil residências.
“O retorno do investimento ocorreu em seis anos. Hoje, o parque é sustentável do ponto de vista ambiental e de negócios”, disse Edmilson.
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