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Peter Howitt, economista canadense e um dos criadores do modelo que comprovou matematicamente a teoria da destruição criativa, vê a inteligência artificial como uma força inevitável e necessária para o avanço econômico.
Vencedor do Nobel de Economia de 2025, ele rejeita a ideia de que o mundo vive uma “bolha de IA”.
Para ele, o que existe é um ciclo natural de incerteza e apostas altas, comum a todas as tecnologias que mudaram o rumo da economia, do vapor aos computadores.
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Howitt afirma que a IA vai, sim, eliminar funções, principalmente as que dependem de interpretar grandes volumes de dados.
Mas, na mesma velocidade, criará novas frentes de trabalho e dará mais valor às habilidades subjetivas, como empatia, comunicação e capacidade de decisão, atributos humanos que a tecnologia não substitui.
Tecnologia avança, empregos mudam — e novas oportunidades surgem
Na medicina, sistemas treinados com milhões de imagens já conseguem identificar padrões e diagnosticar doenças com precisão superior à humana.
Mesmo assim, a IA não acaba com a profissão: ela amplia a produtividade e libera tempo para que médicos façam aquilo que a tecnologia não faz, cuidar de pessoas.
Essa lógica vale para todos os setores. À medida que máquinas assumem análises repetitivas, cresce a demanda por profissionais capazes de interpretar contextos, tomar decisões complexas e lidar com pessoas.
“As soft skills se tornam mais valiosas quando a tecnologia avança”, resume o economista.
Para Howitt, o desafio real não está no avanço da IA, mas em como os países lidam com a transição. A inovação destrói empregos no curto prazo, mas cria mercados inteiros no longo prazo.
A questão é garantir que a sociedade tenha mecanismos para ajudar trabalhadores a se adaptar, como o modelo escandinavo, que combina flexibilidade para as empresas com segurança e requalificação para os trabalhadores.
O economista reforça que a inovação só floresce em ambientes abertos e competitivos. Barreiras comerciais, protecionismo e instituições enfraquecidas atrasam o progresso.
A China já opera na fronteira tecnológica e que países emergentes, como o Brasil, têm grande potencial, especialmente se aprimor tecnologias importadas até alcançar maturidade própria.
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