Barco voador do Amazonas inicia testes em água no 1º trimestre de 2026 - Sem Enrolação

Barco voador do Amazonas inicia testes em água no 1º trimestre de 2026

Barco voador do Amazonas inicia testes em água no 1º trimestre de 2026

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Os primeiros testes em água do Volitan, o “barco voador” desenvolvido pela startup AeroRiver, estão previstos para o primeiro trimestre de 2026.

Com tecnologia nacional e foco na realidade amazônica, o Volitan é um veículo híbrido entre avião e embarcação que utiliza o efeito solo para transportar até dez passageiros ou uma tonelada de carga sobre os rios da Amazônia.

O Volitan foi criado para superar os desafios logísticos da Amazônia, onde a carência de estradas e as grandes distâncias entre municípios tornam o transporte aéreo caro e o fluvial demorado.

Com 18 metros de comprimento, terá autonomia de 500 quilômetros e velocidade máxima de 150 km/h, podendo transportar até dez passageiros ou uma tonelada de carga.

A proposta da AeroRiver é unir a eficiência da aviação à praticidade dos barcos, criando uma nova categoria de veículo que opera de dois a cinco metros acima da lâmina d’água, aproveitando o chamado efeito solo — fenômeno aerodinâmico que reduz o arrasto e aumenta a sustentação, diminuindo o consumo de combustível e ampliando a autonomia.

“A gente entende a dificuldade amazônica na questão de logística. É muito difícil conseguir receber e mandar insumos. Pensando nisso, desenvolvemos o Volitan, que utiliza o efeito solo, uma espécie de colchão de ar que aumenta a eficiência e reduz o consumo”, explica Francisco Pedro Souza de Lima, desenvolvedor de sistemas embarcados da AeroRiver.

Segundo Francisco, o veículo será capaz de decolar e pousar diretamente na água, operando em portos convencionais.

“Ele começa como uma embarcação, decola, voa entre dois e cinco metros acima do rio e pousa novamente na água. Estamos validando tecnologias em modelos menores, de três metros, mas esperamos iniciar os testes em água já em março do próximo ano”, afirma.

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A startup trabalha atualmente com protótipos em subescala, desenvolvendo e testando sistemas embarcados, aviônica e integração de software e inteligência artificial.

Francisco destaca que o time é formado por estudantes e engenheiros com formação em Engenharia da Computação e Aeronáutica, e que o projeto serve também como base acadêmica.

“Eu trabalho na parte sistemática do veículo, desenvolvendo os sistemas internos e a aviônica. Estamos adaptando tudo à nossa realidade, criando um painel próprio que atenda às necessidades do Volitan”, afirma o desenvolvedor.

Barco voador já foi premiado

O projeto foi premiado em programas de inovação, como o Inova Amazônia, e reconhecido pela Finep entre as iniciativas tecnológicas mais promissoras da Região Norte.

Segundo a AeroRiver, a meta é que o Volitan entre em fase de certificação e pré-comercialização a partir de 2026, com foco em rotas de passageiros, turismo, transporte de insumos e aplicações na área de saúde.

Além de reduzir o tempo de viagem entre cidades ribeirinhas, o veículo promete diminuir custos operacionais e emissões de CO₂. Um trajeto como Manaus–Parintins, por exemplo, que hoje leva dez horas de lancha, poderia ser feito em cerca de três horas com o Volitan.

A AeroRiver é uma startup formada por engenheiros e pesquisadores brasileiros com experiência em sistemas aeronáuticos e tecnologia embarcada.

A empresa foi criada com o objetivo de desenvolver soluções de mobilidade voltadas à Amazônia, onde os rios são as principais vias de transporte.

O Volitan é o primeiro veículo de efeito solo desenvolvido no Brasil e pode representar uma revolução logística e ambiental na região.

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