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O Brasil caiu duas posições no Global Innovation Index (GII) 2025, relatório anual da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO), e agora ocupa a 52ª colocação entre 139 países.
Apesar da queda, o Brasil continua sendo considerado um overperformer, ou seja, entrega resultados de inovação acima do esperado para o seu nível de desenvolvimento — posição que mantém há cinco anos.
Na América Latina, o país ficou atrás apenas do Chile (51º) e segue à frente do México (58º).
O Brasil, no entanto, se destaca especialmente nos chamados outputs de inovação, onde ocupa a 50ª posição.
Os outputs de inovação são os resultados concretos que um país consegue gerar a partir de seus investimentos em ciência, tecnologia e educação.
Isso inclui, por exemplo, produção de conhecimento científico, patentes registradas, desenvolvimento de novas tecnologias, além de produtos culturais e criativos. Em outras palavras, é a parte visível da inovação — o que sai do papel e chega à sociedade.
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Entre os destaques positivos do Brasil, o relatório mostra bons resultados em investimentos em educação (23º), presença entre os principais investidores corporativos globais em P&D (24º), além de se beneficiar do tamanho do mercado interno (16º) para atrair capital de risco. Também aparecem como pontos fortes as posições em importações de tecnologia e serviços digitais (19º e 17º).
Mas os desafios continuam grandes.
O índice aponta uma dificuldade em transformar investimentos em educação, pesquisa e infraestrutura em resultados ainda mais expressivos. A distância entre academia e indústria, entraves regulatórios, baixo volume de financiamento de risco e instabilidade econômica são alguns dos gargalos que impedem o avanço.
O que significa o recuo?
A perda de duas posições não é apenas estatística: indica que outros países emergentes estão acelerando mais rápido, enquanto o Brasil segue em ritmo lento.
Embora o status de overperformer seja um sinal positivo, ele também mostra vulnerabilidade. Se o ambiente econômico global enfraquece, os ganhos brasileiros em inovação ficam mais expostos.
Entre as estratégias para reverter esse quadro, especialistas destacam a necessidade de aproximar universidades e empresas, ampliar o financiamento de risco para startups, revisar a burocracia que trava a inovação e descentralizar os polos de tecnologia para além dos grandes centros.
Mais do que nunca, o país precisa de políticas de longo prazo e previsíveis, já que a inovação não sobrevive a instabilidades.
Confira o estudo na íntegra:
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