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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu um alerta urgente sobre os riscos de segurança cibernética associados às TV Boxes não homologadas. Um estudo recente da agência, liderado pelo conselheiro Alexandre Freire, identificou a presença de um malware sofisticado, batizado de “Bad Box 2.0”, em diversos modelos clandestinos.
Esse software malicioso pode roubar dados de usuários e comprometer a segurança de redes de telecomunicações, transformando os aparelhos em ferramentas para atividades criminosas sem o conhecimento do dono.
A ameaça é global, e o Brasil é o mais afetado
O problema não se restringe ao Brasil e é reconhecido mundialmente. O FBI (EUA) e centros de segurança cibernética de países como Irlanda e Portugal já emitiram alertas sobre o tema.
A própria Google entrou com uma ação judicial em Nova York contra os criadores da rede Bad Box 2.0.
A superintendente de Fiscalização, Gesiléa Teles, explica que a atuação da Anatel busca “proteger os usuários contra fraudes e riscos cibernéticos”, destacando que a sociedade precisa estar ciente de que não se trata apenas de um problema técnico, mas de um desafio de segurança pública.
Infelizmente, o Brasil é o país mais afetado. O número de dispositivos infectados saltou de 340 mil, entre fevereiro e maio de 2025, para mais de 1,5 milhão em julho. O malware pode ser pré-instalado nos aparelhos ou instalado remotamente, e mesmo em modo de espera, os dispositivos geram tráfego de dados suspeito.
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O que o malware Bad Box 2.0 pode fazer
As investigações da Anatel constataram que os dispositivos podem ser usados como pontos de retransmissão para finalidades ilícitas. A lista de atividades do malware é ampla e inclui:
- Roubo de credenciais: Tentativas de acesso a contas com credenciais roubadas.
- Fraude publicitária: Geração de cliques falsos em anúncios para lucrar.
- Ataques DDoS: Usando os dispositivos para ataques de negação de serviço distribuídos.
- Redes ilegais: Transformando redes domésticas em instrumentos para atividades ilícitas.
Conscientização e proteção contra a pirataria
O conselheiro Alexandre Freire reforçou que a homologação garante que um produto atende aos requisitos mínimos de qualidade e segurança. “A Anatel tem intensificado a fiscalização de dispositivos irregulares e investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas para garantir um mercado digital seguro”, afirmou.
Para mitigar os riscos, a Anatel aconselha o público a:
- Desligar dispositivos suspeitos que apresentem sinais de comprometimento.
- Usar somente dispositivos homologados. Para verificar, consulte o portal oficial da Anatel.
- Evitar fontes não confiáveis para baixar softwares ou firmware.
- Manter sistemas operacionais e softwares atualizados.
- Desligar dispositivos suspeitos que apresentem sinais de comprometimento.
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