Instituições ausentes em encontro de inovação serão cobradas judicialmente pela Suframa

A abertura do II Encontro do Ecossistema de Inovação da Amazônia Ocidental e Amapá, nesta quinta-feira (6/11), na sede da Suframa, foi marcada por um pronunciamento enfático do superintendente da autarquia, Bosco Saraiva.

Ele afirmou que as instituições que não compareceram ao evento — considerado uma prestação de contas pública dos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) — serão instadas judicialmente a explicar por que não apresentaram os resultados dos projetos financiados com recursos da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus.

Segundo Saraiva, a Suframa quer dar transparência à aplicação dos recursos e tornar a apresentação de resultados uma prática anual e pública.

“Este formato de apresentação fática mostra o resultado da política de inovação e desenvolvimento tecnológico da nossa região. Aqueles institutos que não estão presentes, nós iremos instá-los legalmente para saber os motivos pelos quais não vieram expor o resultado do investimento feito nesta política maravilhosa que é a Lei de Informática da Zona Franca de Manaus”, declarou.

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O superintendente ressaltou que o evento reúne quase 100 institutos e mais de 600 participantes, entre pesquisadores, empresários e representantes de instituições públicas e privadas.

Ele destacou que, somente no ano passado, foram aplicados cerca de R$ 1,5 bilhão em projetos de PD&I na região, fiscalizados pela Suframa.

“A Suframa não determina o investimento, ela fiscaliza a aplicação. Queremos compartilhar essa fiscalização com toda a população da Amazônia Ocidental e do Amapá”, afirmou.

Saraiva defendeu que o encontro se torne parte permanente do calendário da autarquia. “É preciso que a cada ano, a cada encontro deste ecossistema, sejam apresentados ao povo, aos estudantes e aos empresários os resultados desses investimentos”, disse, ao destacar que a meta é formar uma nova geração de cientistas e desenvolvedores na região.

Painéis e exposições

O encontro, que segue até sexta-feira (7), reúne representantes da Embrapii, Sudam, Basa, MCTI, Finep, BNDES, Inpa e universidades da Amazônia.

Durante dois dias (6 e 7/11), serão realizados painéis sobre políticas de fomento, mecanismos de financiamento e parcerias entre ICTs e o setor produtivo.

No hall da Suframa, o público pode visitar a exposição de projetos de PD&I, com 50 estandes de empresas de informática, programas prioritários e ICTs credenciadas no Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda). As atividades incluem ainda oficinas temáticas, visitas técnicas e uma rodada de negócios.

Saraiva encerrou a abertura pedindo o engajamento das instituições e da sociedade na fiscalização e valorização dos recursos públicos destinados à inovação.

“Faço um apelo para que tragam o máximo de pessoas que puderem para esta grande feira de resultados de pesquisa, essa grande feira de ciência que estamos apresentando aqui na Suframa”, concluiu.

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