iPhone 17 Pro voltou ao alumínio. E há uma razão para isso - Sem Enrolação

iPhone 17 Pro voltou ao alumínio. E há uma razão para isso

Com a chegada dos novos iPhones às mãos de alguns seguidores da Apple, notou-se que o iPhone 17 Pro é até 10 °C mais frio do que o seu antecessor. Esta imagem térmica explica o porquê deste milagre.

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Às vezes, uma imagem não só vale mais do que mil palavras, como conta uma história completa de engenharia. Uma review de um canal do “YouTube chinês”, o Bilibili, ofereceu-nos a prova definitiva: a imagem que explica tudo.

A razão pela qual o “retrocesso” da Apple com o alumínio nos iPhone 17 Pro é, na realidade, o seu maior avanço até à data.

Contra factos... quase 10 graus de diferença

A imagem em questão é uma comparação térmica que coloca frente a frente a nova geração de iPhone com a anterior. E o resultado é demolidor. O que mais surpreende não é tanto o quão frios se mantêm os novos modelos, mas o quão incrivelmente quentes chegavam a ser os seus antecessores de titânio.

O iPhone 16 Pro atingia os 43 °C e o iPhone 16 Pro Max chegava aos 43,1 °C. Em contraste, o novo iPhone 17 Pro mantém-se nos frescos 35 °C, e o iPhone 17 Pro Max desce até aos 33,3 °C.

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Não é só a câmara de vapor, é o material

A fotografia revela muito mais. A chave não está apenas na nova câmara de vapor que os modelos Pro deste ano integram. Porque, por exemplo, o iPhone 17 standard, com os seus 35,3 °C, mantém-se quase tão fresco como o seu irmão maior, o 17 Pro.

A diferença? O iPhone 17 não tem câmara de vapor. O que tem é uma estrutura em alumínio.

É aqui que a decisão da Apple faz todo o sentido. O problema do titânio, como já explicámos ao analisar a mudança de material, nunca foi a sua resistência ou peso, mas sim a sua baixa condutividade térmica. Atuava como um isolante, retendo o calor gerado pelo processador no interior do dispositivo.

O alumínio, pelo contrário, é um condutor térmico excecional. O novo chassi unibody dos iPhone 17 Pro foi concebido para trabalhar em conjunto com a câmara de vapor: esta extrai o calor do chip A19 Pro e o chassi de alumínio dissipa-o por toda a superfície de forma rápida e uniforme.

iphone 17 pro bateria

O iPhone 17 standard demonstra que, mesmo sem esta câmara de vapor, o alumínio, por si só, é infinitamente mais eficiente para manter o telefone a uma boa temperatura.

MaterialCondutividade Térmica (W/m·K)
Alumínio (Série 7000)~130 - 190
Aço Inoxidável~16
Titânio (Grau 5)~7

E então, o que acontece com o iPhone 17 Air?

Na comparação vemos que o iPhone 17 Air regista 36,8 °C. Aquece um pouco mais do que os modelos de alumínio, o que confirma que o titânio não é o melhor dissipador. No entanto, não chega aos níveis dos antigos Pro. A razão está na sua arquitetura interna.

No Air, o processador não está junto à bateria, como em modelos anteriores, mas situa-se na “corcunda” superior, junto à câmara. Esta posição permite-lhe dissipar o calor de forma mais direta, sem que a moldura de titânio se transforme num forno.

O design, mais uma vez, é a forma como funciona.

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A Apple errou ao usar titânio nos iPhone 15 e 16 Pro?

Visto em retrospetiva, com a imagem térmica à frente, é fácil apontar o problema. Mas em 2023, o desafio principal era outro: o peso insustentável do aço inoxidável. O titânio não foi um capricho estético, foi a única solução viável para tornar mais leves dispositivos que, geração após geração, estavam a tornar-se demasiado pesados.

A Apple sacrificou a condutividade térmica para ganhar em leveza e resistência estrutural. Poderiam ter implementado este chassi de alumínio unibody antes? Provavelmente não.

O desenvolvimento de uma nova arquitetura de fabrico à escala massiva que o iPhone exige é um processo que leva anos. É muito provável que a tecnologia para forjar e maquinar este novo design com a precisão e o volume necessários simplesmente não estivesse pronta.

Portanto, o titânio foi um passo intermédio. Uma evolução que resolveu o problema crítico do peso e, ao mesmo tempo, evidenciou a necessidade da próxima grande inovação em design e materiais. A aprendizagem destes dois anos foi o que possibilitou o iPhone 17 Pro de hoje.

Esta imagem térmica é a justificação de toda esta jornada. Porque, como sempre, o importante não é apenas de que é feito, mas como funciona. E os novos iPhone 17 Pro funcionam, finalmente, à temperatura que devem.

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