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O mercado brasileiro de cosméticos deve alcançar US$ 23 bilhões em 2025 e manter expansão média anual até 2030. O Brasil ocupa hoje a terceira posição entre os maiores mercados de beleza do mundo.
Com esse cenário, empresas que trabalham com ingredientes naturais e cadeias produtivas transparentes têm ampliado presença, caso da Moma, marca que desenvolve produtos com insumos da sociobiodiversidade amazônica.
Fundada pela farmacêutica Vivian Chun, a Moma surgiu após anos de formulações desenvolvidas de maneira independente.
Segundo Vivian, a experiência com agricultura regenerativa e agroflorestal contribuiu para a decisão de estruturar a empresa.
O avanço ocorreu no período pós-pandemia, quando a empreendedora identificou a possibilidade de integrar formulação, cadeias produtivas amazônicas e geração de renda.
Cadeias produtivas comunitárias
A marca hoje utiliza insumos adquiridos diretamente de comunidades indígenas, ribeirinhas e agricultores familiares, por meio de redes como a Inatú Amazônia, fornecedora do óleo de copaíba empregado no hidratante da linha.
A cofundadora Marisa Taniguchi afirma que a colaboração fortalece a produção regional e amplia oportunidades de mercado para os extrativistas.
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Ela destaca que iniciativas desse tipo contribuem para a valorização da sociobiodiversidade e criam novas possibilidades comerciais para as comunidades.
O hidratante desenvolvido pela marca combina ativos naturais como cumaru, babosa, andiroba e manteiga de cupuaçu. A composição utiliza copaíba rica em β-cariofileno e incorpora o aroma característico do cumaru.
Vivian explica que a empresa mantém processos contínuos de pesquisa e desenvolvimento, como testes de textura, ajustes de fórmula, avaliação de segurança, análise de novos ingredientes e pesquisas clínicas direcionadas à performance.
Aceleração e expansão
A Moma integrou, em 2024, a jornada de aceleração da Amaz, coordenada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).
Antes disso, participou dos programas “Amazônia em Casa Floresta em Pé” e “Floresta Mais”.
De acordo com Rafael Ribeiro, líder de aceleração da Amaz, o processo incluiu oficinas voltadas à gestão de desempenho, controles internos e posicionamento de mercado. A marca recebeu suporte financeiro e ampliou a visibilidade comercial.
Vivian afirma que a aceleração possibilitou o lançamento de novos produtos, melhorias no site, contratações, implementação de sistemas e ajustes estruturais. A empresa também abriu novos canais de venda, como a parceria com o Mercado Livre.
Próximos passos
A Moma pretende ampliar seu portfólio e aprimorar embalagens e linhas voltadas ao cuidado com a pele. No campo socioambiental, a empresa avança na formalização de contratos com comunidades fornecedoras, garantindo previsibilidade e renda.
Vivian destaca que o crescimento da marca está associado à continuidade das relações com quem produz os insumos utilizados nas formulações.
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