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Com tecnologia de ponta, incluindo imagens de satélite e inteligência artificial, o novo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI) instalado em Manaus nesta terça-feira (17/6) pretende unir forças policiais de países da Pan-Amazônia para enfrentar organizações criminosas que agem na região de fronteira.
O CCPI contará com o sistema Córtex, ferramenta do governo federal que permite o monitoramento de veículos, pessoas e embarcações com base em câmeras e dados por satélite.
A inteligência artificial aplicada à plataforma vai possibilitar o rastreamento de atividades ilegais, como garimpo em terras indígenas, tráfico de drogas e armas, desmatamento e outros crimes ambientais.
Na cerimônia de inauguração, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que o centro é um experimento de cooperação entre diferentes países.
A união entre forças policiais brasileiras e de outros países amazônicos permitirá ações conjuntas, inclusive em investigações que cruzam fronteiras. A proposta é impedir que criminosos usem a divisão entre territórios nacionais para escapar da justiça.
A atuação do CCPI será coordenada pela Polícia Federal, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional.
O projeto integra o Plano AMAS: Amazônia – Segurança e Soberania, com recursos de R$ 36,7 milhões do Fundo Amazônia, via BNDES.
O valor será destinado ao aluguel do imóvel por três anos, aquisição de equipamentos, viaturas, lanchas e estrutura operacional.
Até agora, Suriname e Guiana já nomearam representantes para o centro. Outros países da região foram convidados a participar.
Além das nações vizinhas, organismos como Interpol, Ameripol e Europol também poderão integrar as ações, promovendo o intercâmbio de dados e investigações conjuntas.
Segundo Lewandowski, a dimensão geográfica da Amazônia exige uso intensivo de tecnologia para monitorar áreas remotas.
“É maior que a Europa, de difícil acesso. Precisamos agir com rapidez e precisão”, disse o ministro, ressaltando que o garimpo ilegal continua sendo uma ameaça, mesmo com ações constantes das forças de segurança.
O CCPI atuará com foco nos estados da Amazônia Legal — Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins — e poderá se expandir para incluir forças de segurança dos demais países amazônicos.
A expectativa é que o centro seja peça-chave no enfrentamento ao crime organizado na floresta e na defesa da soberania nacional.
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