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Um novo estudo da Kyndryl, líder global em serviços de tecnologia, aponta uma lacuna significativa entre o investimento em Inteligência Artificial (IA) e a preparação das equipes de trabalho. O “People Readiness Report” da empresa mostra que, no Brasil, 98% das companhias estão investindo em IA. No entanto, 69% dos líderes brasileiros admitem que suas equipes ainda não estão prontas para aproveitar o potencial da tecnologia.
A pesquisa ouviu mais de mil executivos globais e destaca que apenas um pequeno grupo de empresas — os chamados “precursores” — conseguiu alinhar suas estratégias de força de trabalho com o crescimento da IA, posicionando-se à frente na corrida por resultados.
Principais desafios para a adoção da IA
O relatório aponta diversos obstáculos que impedem a maioria das empresas de obterem retorno com o uso da IA:
- Falta de preparo: Globalmente, 71% dos líderes dizem que suas equipes não estão prontas para usar a IA, e no Brasil o número é de 69%.
- Ausência de talentos qualificados: 51% dos líderes globais acreditam que suas organizações não têm profissionais qualificados para gerenciar a IA. No Brasil, 43% têm essa mesma percepção.
- Resistência de funcionários: 45% dos CEOs globais pensam que a maioria dos funcionários é resistente ou hostil à IA, enquanto esse número cai para 18% no Brasil.
Michael Bradshaw, líder da Kyndryl, reforça que a infraestrutura tecnológica é importante, mas as organizações que não priorizam a capacitação e a cultura interna perdem o potencial da IA.
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Onde os precursores da IA se destacam
A pesquisa da Kyndryl também identificou o que o pequeno grupo de empresas que estão obtendo sucesso com a IA faz de diferente. Eles abordam três barreiras principais:
- Gerenciamento de mudanças: Os pioneiros são três vezes mais propensos a ter uma estratégia de gerenciamento de mudanças para a IA totalmente implementada.
- Confiança dos funcionários: Esses líderes são 29% menos propensos a ter medo de que a IA afete o engajamento de seus funcionários.
- Lacunas de habilidades: Eles têm 67% mais chances de concordar que a organização tem as ferramentas e processos para mapear com precisão as habilidades atuais dos funcionários.
Além disso, o relatório indica uma divergência de percepções entre CEOs e CIOs/CTOs. Enquanto CEOs são mais propensos a recorrer a talentos externos para preencher lacunas, os CIOs e CTOs têm uma visão mais clara da infraestrutura necessária e dos desafios internos.
O estudo completo está disponível no site da Kyndryl.
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