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A Xiaomi lançou oficialmente seus primeiros óculos de inteligência artificial na China. O produto, chamado de Xiaomi AI Glasses, marca a entrada da empresa no mercado global de smart glasses, segmento que, segundo consultorias como a Counterpoint, vive em 2025 uma “guerra de centenas de modelos”.
O dispositivo combina realidade aumentada, câmera ultra-angular de 12 megapixels e o chip Qualcomm AR1. Seu diferencial está na integração ao ecossistema da marca.
Os óculos permitem controlar dispositivos domésticos conectados, interagir com o assistente XiaoAI, que traduz até 10 idiomas em tempo real e realizar tarefas como gravação e transcrição de reuniões.
Com preço de lançamento em torno de 1.999 yuans (cerca de US$ 278), os óculos oferecem autonomia de até 8,6 horas e são voltados a usuários interessados em fotografia, vídeo em primeira pessoa e recursos de produtividade.

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Soluções interconectadas
A experiência da Xiaomi no desenvolvimento de câmeras para smartphones contribuiu para a qualidade de imagem do modelo, bem recebida no mercado chinês.
A estratégia da empresa está centrada na integração com sua base de usuários, que já utiliza smartphones, eletrodomésticos inteligentes e até veículos elétricos da marca.
Ao integrar os óculos a esse ecossistema, a empresa busca consolidar seu posicionamento como fornecedora de soluções interconectadas, reforçando o vínculo com o consumidor.
Essa abordagem contrasta com a adotada pela Meta, que consolidou a categoria com a bem-sucedida parceria com a Ray-Ban.
Os Ray-Ban Meta Glasses, exibidos com destaque no Meta Connect em setembro passado, ajudaram a popularizar o formato de óculos que tiram fotos e gravam vídeos por comando de voz, além de incorporarem assistentes de IA como o Meta AI. A proposta, no caso da Meta, é mais focada no estilo de vida e no design discreto, se esforçando para aproximar o acessório de um óculos tradicional.
Analistas destacam que o diferencial da Xiaomi não está apenas no design ou nas funcionalidades pontuais, mas em sua enorme capacidade de produção e na força da cadeia de suprimentos, vantagem que permite escalar o produto rapidamente e reduzir custos.
Esse poder de fabricação já se mostrou decisivo no sucesso global da marca em smartphones e dispositivos IoT.
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