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Com o crescente cenário de integração da Inteligência Artificial (IA) na rotina diária dos brasileiros, especialmente no setor da educação, é essencial que as pessoas aprendam a utilizá-la da maneira certa.
Dessa forma, ao estudar para provas ou organizar rotinas de estudo que atendam às preferências e necessidades de cada um, é necessário, no mínimo, ter um domínio básico e responsável do uso das IAs como ferramenta de apoio ao aprendizado.
A Diretora-Geral do Colégio Rio Branco (SP), Esther Carvalho, acredita que a chave para esse uso adequado está justamente no “letramento midiático” (é a habilidade de acessar, analisar e criar conteúdo por meio de diferentes mídias, como televisão, internet, rádio, jornais e redes sociais.).
“É necessário que as pessoas desenvolvam um senso crítico apurado sobre as informações que recebem. Tem que entender os aspectos técnicos da ferramenta, onde é que ela se situa na relação humano e tecnologia, como eu posso fazer o uso responsável e ético dessas ferramentas. Além de enxergar com mais profundidade essa visão de mundo hiperconectado, os ganhos e os riscos para que eles (estudantes) possam fazer boas escolhas”, destaca Esther, enfatizando a importância do entendimento das ferramentas tecnológicas.
Para o doutor em Ciência da Computação e coordenador do curso de especialização em Inteligência Artificial aplicada do Instituto Federal de Goiás (IFG), Sérgio Canuto, o estudante percebe esses sistemas inteligentes como uma forma de fornecimento de informações variadas, independente do contexto de aplicação
Segundo Sérgio, “os estudantes têm a percepção de que a IA seria uma única fonte para uma necessidade que, a priori, demandaria mais de um professor para responder as diversas questões apresentadas”, disse o doutor, explicando que, ao contrário dos livros, nem sempre a IA vai mostrar uma informação que tenha uma curadoria prévia.
O caminho para resolver essa limitação que a IA pode apresentar, segundo ele, é o entendimento por parte dos professores de ensino que também devem encarar esses sistemas inteligentes como uma via de solução, apresentando para os estudantes a melhor forma de extrair o conteúdo correto de IAs.
Além disso, Sérgio ainda sugere que os alunos critiquem e busquem a razão da resposta apresentada pelo modelo de linguagem.
No entanto, esse cenário ideal não é realidade para todos estudantes, para aqueles que não têm a possibilidade de acesso a um laboratório de informática, o doutor indica que o estudante utilize o próprio celular para aprender a utilizar os modelos de linguagem.
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Para superar as limitações da IA, Sérgio orienta que o estudante deve comparar suas respostas com as de materiais didáticos verificados.
Além disso, a técnica de “chain of thoughts” ou “cadeia do pensamento” (é um termo que se refere ao fluxo sequencial de ideias ou raciocínios que uma pessoa tem ao refletir ou resolver um problema) pode ser usada para guiar o modelo de IA a fornecer respostas passo a passo. “Isso permite que a pessoa compreenda o raciocínio por trás das respostas, como no modelo de calcular a hipotenusa”, por exemplo.
Além de auxiliar na construção de respostas, os sistemas de IA também podem ser úteis para a correção gramatical, como no caso da redação do Enem.
Outra função importante da Inteligência Artificial é que os estudantes podem solicitar para ela criar simulados com questões parecidas com as de vestibulares ou Enem, ajudando na preparação para as provas. Entretanto, é possível usar a IA para discutir tópicos específicos, com base em uma linha teórica.
Outra dica é aproveitar os sistemas inteligentes para montar estratégias e rotinas de estudo que atendam às preferências e necessidades de cada um.
A plataforma Brasil Escola oferece a Iara, uma IA que ajuda os estudantes a montar suas rotinas de estudo e corrigir redações pelo serviço: Corrige Aqui.
É fundamental que os estudantes recebam orientações sobre o uso adequado das IAs, para que possam aproveitar ao máximo as potencialidades dessas ferramentas.
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