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O avanço da bioeconomia amazônica com base em inteligência artificial foi tema de entrevista ao RealTime1 com Rufo Paganini, CEO e fundador da Getter S.A., startup amazonense vencedora do Prêmio Finep de Inovação 2025.
Referência nacional em tecnologia aplicada à indústria e à bioeconomia, Paganini atua há mais de 20 anos em transformação digital e lidera projetos reconhecidos por instituições como Finep, CNPq, Fapeam, Siemens e Senai.
A Getter S.A. conquistou o prêmio com um projeto desenvolvido em parceria com o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), que utiliza radiação ultravioleta do tipo C (UVC) e inteligência artificial para a descontaminação da castanha da Amazônia — inovação que eleva o padrão de qualidade da bioeconomia amazônica e abre novas oportunidades de exportação sustentável.
“Trabalhamos com transformação digital e alta tecnologia há muitos anos, em grandes empresas, mas sempre tivemos o sonho de gerar impacto real a partir disso. Resolver um grande dilema das comunidades indígenas, ribeirinhas e tradicionais tem sido uma oportunidade de fazer isso acontecer”, afirmou Paganini.
O projeto foi desenvolvido para enfrentar a contaminação por aflatoxinas, fungos que afetam a comercialização internacional da castanha.
Automação e controle inteligente
As análises conduzidas em colaboração com o CBA comprovaram que o processo de descontaminação por UVC, aliado à automação e controle inteligente, reduz microrganismos sem alterar as propriedades nutricionais, atingindo níveis de segurança alimentar compatíveis com os exigidos pela União Europeia.
“Esse é um projeto de altíssima complexidade e sua realização somente é possível graças a uma equipe sem igual. Sou muito grato pelo time incrível que não mede esforços para fazer tudo isso ser realidade — em especial à minha esposa e companheira de inovação transformacional, Ana Paganini, que dedica energia e coração à expansão desse trabalho”, destacou o CEO.
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Além da Finep, o projeto conta com o apoio da Siemens, Fapeam, CNPq, Sebrae, Senai, Certi e Abufari, consolidando uma rede de parceiros que compartilham o mesmo propósito: transformar conhecimento científico em prosperidade sustentável.
“O prêmio Finep é a realização de um sonho. Há muito tempo desejávamos executar um projeto junto à Finep, e agora ele não apenas foi viabilizado — ele foi um destaque nacional”, comemora Paganini.
“Estamos vivendo um momento muito estratégico na história da Getter, de oportunidades, de crescimento e de expansão. Acredito que entre ganhar dinheiro e transformar o mundo, podemos sim ficar com os dois. O recurso é o meio pelo qual amplificamos o impacto e o alcance”, refletiu o CEO ao RealTime1.
Com planos de expandir a tecnologia para outras cadeias da bioeconomia, como cupuaçu, açaí e guaraná, a Getter reafirma seu papel como referência em inovação aplicada à Amazônia e à indústria brasileira.
“Estamos felizes e muito motivados com os próximos passos. Essa conquista é uma semente que marca uma nova fase da nossa jornada: de tecnologia para propósito, e de propósito para transformação real”, concluiu o empreendedor.
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