O Instagram, em uma decisão que pode surpreender muitos de seus usuários, alterou recentemente suas políticas de transmissão ao vivo. Agora, para abrir uma live na plataforma, é necessário ter ao menos 1.000 seguidores em uma conta pública, conforme noticiado pelo site TechCrunch. Esta nova orientação alinha-se a medidas semelhantes adotadas por outras plataformas, como o TikTok, que há algum tempo já impôs a mesma exigência.
A mudança visa, segundo a Meta, a empresa controladora do Instagram, “melhorar a experiência de consumo das Lives”. A justificativa sugere que, ao limitar transmissões a contas com um número substancial de seguidores, seria possível evitar conteúdos de baixa qualidade e sem engajamento. Além disso, a medida poderia reduzir custos, uma vez que lives para audiências menores demandam recursos de operação sem necessariamente oferecer um retorno significativo em termos de visualização e interação.
Por que o Instagram está impondo essa restrição?

Enquanto a Meta não fornece detalhes específicos sobre a mudança, especula-se que a decisão está relacionada ao desejo de filtrar transmissões que não agregam valor ou que são iniciadas sem um propósito claro. Afinal, muitos criadores de conteúdo utilizam as lives para expandir sua relação com os seguidores e testar novos formatos antes de postar de maneira mais estruturada. Com essa restrição, é provável que o Instagram esteja tentando destacar criadores com maior alcance e engajamento, oferecendo um espaço mais qualificado para esses conteúdos. Essa medida também pode estar relacionada a um cenário crescente de desafios na moderação de conteúdos ao vivo, especialmente em tempos de disseminação de desinformação, o que demanda maior responsabilidade das plataformas.
Qual o impacto para criadores e usuários?
A atualização pode frustrar alguns usuários que gostam de abrir lives por diversão ou para pequenas audiências, porém, ela enfatiza a necessidade de se criar conteúdos mais robustos e engajados. Criadores iniciantes, que viam nas lives uma forma de testar conteúdos e interagir de maneira mais direta com seus seguidores, podem sentir a necessidade de conquistar esses seguidores antes de voltar a usar o recurso. Por outro lado, para aqueles que já possuem uma base de seguidores consolidada, a medida promete tornar o cenário das lives mais profissional e menos saturado de transmissões irrelevantes. Adicionalmente, a restrição pode estimular a busca ativa por crescimento orgânico e estratégias de engajamento, como colaborações com outros perfis ou parcerias em nichos semelhantes.
Como outras plataformas estão lidando com lives?
O TikTok, por exemplo, já exige que seus usuários tenham ao menos 1.000 seguidores para acessar as funcionalidades de transmissão ao vivo. Isso mostra uma tendência de redes sociais populares ajustarem suas políticas para garantir que o conteúdo ao vivo alcance um público significativo. Já o YouTube, em contraste, adota critérios menos rigorosos, permitindo que canais com apenas 50 inscritos tenham acesso à ferramenta de lives. Isso demonstra como cada plataforma adapta suas estratégias de acordo com seus modelos de negócios e a interação esperada de seus usuários. Vale lembrar que plataformas menores ou focadas em nichos ainda buscam se diferenciar ao manter requisitos mais acessíveis para suas lives, buscando conquistar segmentos de públicos desatendidos pelas grandes redes.
O que esperar daqui para frente?
A política de número mínimo de seguidores para abrir lives do Instagram é apenas uma das várias mudanças que têm sido realizadas na plataforma em busca de melhorias de experiência para seus usuários. Além disso, a rede social tem testado novas funcionalidades, como reposts diretos no feed e a aceleração de Reels, que também têm inspiração em recursos populares de outras plataformas como o TikTok. Para os criadores de conteúdo e usuários, ficar atento a essas alterações pode ser crucial para maximizar o uso da plataforma e engajar suas audiências de forma eficaz. É possível que, no futuro, novas restrições ou flexibilizações sejam implementadas conforme a recepção dos usuários, o panorama de concorrência e as demandas por mais segurança na experiência digital.
Como a medida afeta a moderação e a segurança das transmissões ao vivo?

Ao restringir o acesso às lives para contas com pelo menos 1.000 seguidores, o Instagram busca facilitar a moderação dos conteúdos transmitidos em tempo real. Com menos transmissões de contas pequenas, a equipe de revisão pode concentrar seus esforços em vídeos com maior alcance potencial, reduzindo a propagação de conteúdos que violem as diretrizes da plataforma, como desinformação ou materiais inadequados. Segundo especialistas em mídias sociais, esse tipo de política está em linha com tendências globais de endurecimento da moderação, visando tanto proteger o público quanto aprimorar a reputação das plataformas frente a questões de segurança digital. Outras redes, como o Facebook, também vêm aumentando as exigências para conteúdos ao vivo como medida preventiva contra abusos e fraudes recorrentes no formato.
Há alternativas para pequenos criadores continuarem interagindo ao vivo?
Sim, apesar da limitação para abrir lives diretamente, pequenos criadores ainda têm alternativas para manter a proximidade com seus seguidores. Uma delas é utilizar ferramentas de vídeo como o Stories ou o recurso de perguntas e respostas, que permanecem acessíveis a todos os perfis. Além disso, é possível participar como convidado em lives de outros criadores, o que pode até mesmo colaborar para o crescimento do público e para atingir o mínimo de seguidores exigido para transmissões próprias. Em algumas regiões, iniciativas de comunidades de apoio também têm ajudado novos criadores a crescerem de forma colaborativa na plataforma. Plataformas externas de transmissão também podem ser exploradas como alternativa para quem busca interações ao vivo sem limites tão restritivos.
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