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Alívio ou perigo? Chatbots de IA conquistam usuários, mas geram alerta sobre dependência

Alívio ou perigo? Chatbots de IA conquistam usuários, mas geram alerta sobre dependência

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O uso de chatbots de inteligência artificial (IA) na saúde mental se tornou um fenômeno global. Segundo relatório da consultoria Deloitte, o mercado de chatbots voltados à saúde mental deve movimentar US$ 2,2 bilhões até 2027.

Aplicativos como Wysa, Woebot, Replika e até plataformas como ChatGPT vêm sendo buscados para desabafos, conselhos e apoio emocional em momentos de solidão ou dificuldade.

De acordo com estudo publicado no Journal of Medical Internet Research (JMIR), mais de 12 milhões de pessoas no mundo já utilizaram chatbots para suporte emocional ou saúde mental.

Nos EUA, dados da Mental Health America revelam que 40% dos jovens adultos (18 a 34 anos) já recorreram a aplicativos ou chatbots sobre saúde mental.

No Brasil, levantamento do Panorama Mobile Time/Opinion Box mostra que 23% dos brasileiros já utilizaram chatbots ou IA para questões ligadas ao bem-estar mental, índice que salta para 33% entre jovens de 16 a 24 anos.

A principal vantagem apontada é a disponibilidade 24 horas, a possibilidade de anonimato e a ausência de julgamentos, o que facilita o desabafo para pessoas com ansiedade, depressão ou fobia social.

Esses ambientes digitais também permitem que quem vive em regiões afastadas ou enfrenta barreiras financeiras para acessar terapia possa encontrar algum nível de apoio.

Benefício real ou solução limitada?

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford em 2023 avaliou a eficácia desses recursos: 67% dos usuários relataram alívio imediato de sintomas leves de ansiedade ou estresse após interações curtas.

Porém, apenas 24% consideraram o chatbot suficiente para lidar com sofrimento psicológico mais grave, reforçando o consenso entre especialistas de que o uso dessas plataformas deve ser complementar, nunca substitutivo à ajuda profissional.

No Brasil, apesar do interesse crescente, especialistas ressaltam que menos de 5% dos aplicativos de saúde mental em português têm validação clínica ou supervisão de profissionais, tornando necessário o alerta quanto à escolha de plataformas.

Quais os riscos e preocupações?

A relação com chatbots não está isenta de riscos. Segundo a Royal Society of Medicine (Reino Unido, 2024), 18% dos usuários frequentes de IA relataram redução de contatos sociais presenciais, sinalizando risco de dependência ou isolamento.

O mesmo estudo observou que pessoas que utilizam a IA apenas para produtividade não apresentam esse efeito negativo.

Outro ponto crítico é a privacidade dos dados. Segundo relatório da European Psychiatric Association (2023), 61% dos usuários não sabem como suas informações são tratadas após usar chatbots.

Isso é preocupante, pois as conversas podem conter detalhes sensíveis sobre traumas, sintomas ou identidade.

Vazamentos ou uso inadequado dessas informações representam riscos reais, sobretudo em países com leis de proteção de dados frágeis.

Dicas para uso seguro

  • Não compartilhe informações pessoais, nomes ou endereços.
  • Prefira plataformas com políticas transparentes de privacidade e exclusão de dados.
  • Utilize apenas em dispositivos pessoais e protegidos.
  • Considere o uso de VPN para maior segurança.
  • Em caso de sofrimento intenso ou crises, busque atendimento profissional.

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